Município de Paredes de Coura

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Abertura de A Casa Grande de Romarigães
GRATIDÃO PARA COM A FAMÍLIA DE AQUILINO RIBEIRO Este final de julho está a ser de festa para Paredes de Coura, para a freguesia de Romarigães, para a família de Aquilino Ribeiro e para quantos leram ‘A Casa Grande de Romarigães’ e o que ela representa para a literatura e cultura portuguesas. “É um dia […]
publicado a 31 de Julho de 2023

GRATIDÃO PARA COM A FAMÍLIA DE AQUILINO RIBEIRO

Este final de julho está a ser de festa para Paredes de Coura, para a freguesia de Romarigães, para a família de Aquilino Ribeiro e para quantos leram ‘A Casa Grande de Romarigães’ e o que ela representa para a literatura e cultura portuguesas.

“É um dia de gratidão para com a família de Aquilino. A parceria tornou possível este sonho, com contrato não oneroso”, explicou Vitor Paulo Pereira, garantindo que este espaço “não será uma casa-museu. Terá a memória da palavra, da linha arquitetónica. Queremos que seja um lugar de cultura, aberto à comunidade e escolas, um lugar transformador”.

O presidente da Câmara de Paredes de Coura acredita que a abertura de A Casa Grande de Romarigães poderá não proporcionar qualquer retorno económico – “esse também não é propósito” --, antevendo antes algum “aproveitamento literário”, salientando que “a cultura é uma escola invisível e contribui muito para a formação das pessoas”.

Vitor Paulo Pereira recordou os dias sombrios para quantos que “passavam por aqui e olhavam pelos portões de ferro”, ou até a descrição de José Saramago quando por aqui passou: “recebemos uma herança cultural que terá que ser transmitida às gerações futuras, cuidando daquilo que merece respeito e dignidade”, explicou o autarca, para quem este espaço “é um património inestimável à literatura”.

Concluído este processo da reabilitação de A Casa Grande de Romarigães, que também coincide com a evocação dos 60 anos da morte do escritor, Vitor Paulo Pereira admite aproveitar este “fluxo de energia contínua” para projetar aquilo que poderá associar Paredes de Coura a Território Literário – “se trabalharmos no domínio do impossível é mais fácil, porque temos menos concorrência” --, tanto mais que ao legado de Aquilino Ribeiro juntar-se-á ‘Tiago Veiga’, de Mário Cláudio, ou até ‘As doenças do Brasil’, de Valter Hugo Mãe, que também escolheu este território para passar um longo período e criar a sua mais recente obra.

Com a inauguração da obra de reabilitação da Quinta do Amparo houve também o lançamento de ‘A Casa Grande de Romarigães – Um contributo histórico e arquitetónico’, da autoria de Maria Ribeiro Machado Pedroso de Lima. Em nome da família, a bisneta de Aquilino Ribeiro não escondeu que “é uma honra abrir as portas da casa a toda a comunidade”, admitindo que precisam que “as pessoas daqui vivam o espaço”.