Município de Paredes de Coura

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Paredes de Coura participa no Fairway
III Fórum do Camiño de Santiago O Município de Paredes de Coura participa no Fairway – III Fórum do Camiño de Santiago, que entre amanhã e terça-feira, 10 a 12 de fevereiro, reúne no Palácio de Congressos de Santiago de Compostela. O Fairway é o fórum que junta, entre outros, os municípios portugueses por onde […]
publicado a 9 de Fevereiro de 2019

III Fórum do Camiño de Santiago

O Município de Paredes de Coura participa no Fairway – III Fórum do Camiño de Santiago, que entre amanhã e terça-feira, 10 a 12 de fevereiro, reúne no Palácio de Congressos de Santiago de Compostela.

O Fairway é o fórum que junta, entre outros, os municípios portugueses por onde passa o Caminho Português de Santiago, integrando também feiras e congressos.

Representando o Caminho Português de Santiago um significativo valor acrescentado para o nosso concelho com especial relevo para as suas economias locais – atravessa as freguesias courenses de Agualonga, Rubiães e a Agregação de Freguesias de Cossourado e Linhares --, a presença do nosso Município em tão importante iniciativa torna-se fundamental até pela divulgação de alguns dos mais importantes exemplares do patrimónios edificados de Paredes de Coura: a Ponte Românica de Rubiães e a Igreja de São Pedro de Rubiães.

Percorrer o Caminho Português de Santiago é mergulhar na tradição e na espiritualidade e reviver a história pelos próprios pés. É um dos itinerários primitivos de peregrinação jacobeia mais frequentados e consagrados. Uma via antiga de quase mil anos de peregrinações, cujas marcas e testemunhos - a vieira e o bordão do peregrino – são observadas a cada passo, nos caminhos fundos e nas pontes, nos templos, nos cruzeiros e nas alminhas, ligando-se à paisagem e às suas gentes de forma indestrinçável.

Nesta edição do Fairway decorre paralelamente a Fairway Invest -- um fórum de investimento em startups e empresas ligadas ao Caminho --, desenvolvida em colaboração com a rede de maiores investidores privados do mundo, a Keiretsu Forum. Destina-se a empresários cuja atividade está ligada ao Caminho de Santiago, quer pela sua localização geográfica quer pela sua atividade.

Sobre a Ponte Românica de Rubiães, Narcizo Alves da Cunha, um dos primeiros autores que se referiu a esta ponte, datou-a de época romana, com base não apenas na sua estrutura, mas também no facto de, a escassas centenas de metros, no lugar de Crastro, existir um marco miliário pertencente à via romana que, de Braga, partia para o Noroeste peninsular (CUNHA, 1909, reed. 1979, pp.93-94 e 559). De triplo arco escalonado e harmónico, todos de volta perfeita, mas sendo o médio de vão bem superior que os dois laterais, a ponte compõe-se de um tabuleiro de dupla rampa, em cavalete.

Já a Igreja de São Pedro de Rubiães, construída em finais do séc. 13, em estilo românico, integrando-se na 2ª fase do românico português, na 1ª do foco do Alto Minho e, de um modo mais regional, no grupo das igrejas românicas da bacia do Minho. Os motivos de maior interesse do templo, para além da inscrição de 1202, encontram-se no portal ocidental. O tímpano, apesar de ser uma "muito má restituição, relativamente moderna, da peça anterior que se quebrou" (ALMEIDA, 1987, p.187), integra o restrito número de representações de Cristo em Majestade. Ainda mais importantes são as representações do arcanjo São Gabriel e de Nossa Senhora, em dois fustes do portal principal. Este conjunto tem merecido vários estudos que, consecutivamente, reforçam a sua originalidade no Românico português.