"O Festival de Cans de. Galiza, converteu-se ao longo de duas décadas num festival de cinema de referência. Primeiro pela sua singularidade dum evento numa aldeia rural que que nem seuquer tem cinema e depois pela construção de um imaginário único, entre galinheiros, alboios ou tratores que transportam as pessoas. Numa aldeia de apenas 350 habitantes, passam durante 5 dias mais de 12000 pessoas, mas o mais importante é o valor deste festival como catapulta de novos realizadores de curtas metragens que se converteram em cineastas de prestígio nos últimos anos. Desde Alberto Vázquez, o grande talento de animação em Espanha, passando por Jaione Camborda (Concha de Ouro en Donosti con "O Corno do Centeio"), ou Álvaro Gago, diretor de “Matria”, uma longa fileira de novos cineastas foram crescendo na competição do Festival de Cans.
O Festival de Cans traz pela primeira vez a Paredes de Coura as curtas metragens vencedoras das principais competições da última edição do certame.
1. "Vinte en Cans" de Javier Sobrado / Ano 2024/ 21 min. (documental)
Curta documental sobre a atmosfera do Festival de Cans, uma aldeia de apenas 350 habitantes que durante cinco dias recebe ata 12.000 pessoas para celebrar um festival de cinema. Os atores, atrizes e diretores, misturam-se com a população da aldeia, que emprestam as suas adegas, caves ou alboios para projetar cinema e abrem a sua propriedade privada a todo o público, que se desloca num pequeno tractor doméstico, entre um e outro lugar de projeção. Também há atuações musicais en galinheiros, velhas estufas ou no Terreiro da aldeia, onde há palestras com diretores e encontros educativos e profissionais. Sen dúvida um dos festivais mais diferentes do mundo.
2. "Viaxar aos teus recordos é buscar pelexa", de Daniel Pérez Silva /Ano 2023/ 19 min. (não-ficção)
Premio Furacáns, melhor curta metragem de não- ficção.
A nostalgia é onde converge o diálogo entre o tempo e o amor e esta curta chega a um processo de nostalgia e velhos conflitos familiares através dum antigo arquivo de imagens.
Daniel Pérez Siva é um jovem diretor de fotografia, que passou com as suas obras por festivais como Curtocircuito, NIFF ou Mecal. Esta obra com a que ganhou en Cans é a sua terceira curta.
3. "Alguén me chamou serpe negra", de Borja Santomé /Ano 2024/ 10 min. (animação)
Premio à melhor curta metragem de animação no Festival de Cans.
Borja Santomé, é um dos animadores galegos com mais projeção. Na última edição ganhou por segunda vez a categoria de animação com esta curta num singular processo de animação, marcado pola formação artística do autor e o seu caminho desde as artes plásticas. “Alguén me chamou serpe negra” já contou com inúmeras seleções em numerosos festivais internacionais em países como Estados Unidos, Holanda, França, Alemanha ou Uruguai. Este verão vem receber o prémio Filmin Oblícua no Festival Mecal de Barcelona.
4 "O Frío" de Pablo Dopazo /Ano 2024/ 18 min. (ficção)
A curta metragem que triunfou na última edição do Festival de Cans, levando o prémio de melhor curta metragem, melhor direção e melhor interpretação masculina para o seu protagonista José María Sanjurjo. Esta curta, que transita entre o documental e a ficção acerca da relação distante entre um pai e um filho no contexto gélido da indústria dos congelados.
Pablo Dopazo consegiu com esta curta metragem ser selecionado noutros grandes festivais de relevância como o Festival de Málaga.
Dia 13 de março. 21h00. Centro Cultural de Paredes de Coura
Entrada: 3,5€